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Café dos Poetas // A Minha Palavra Vale Um Tiro: A Lírica Vida Loka Do Mano Brown, com curadoria de Rodrigo Brandão
06/05/2022 | 19:00 - 20:00

Imagina um rapaz latino americano, apoiado por mais de cinquenta mil manos, com uma aura pique Dr. Dre, cuja caneta é nível Nas, e que emana a energia revolucionária de um Tupac, caso esse fosse malandro o suficiente pra driblar as rajadas de chumbo disparado contra si? Entra Mano Brown, líder dos Racionais MC’s, maior fenômeno do rap brasileiro de todos os tempos. Para além de grande nome do género em terras tupiniquins, trata-se de um dos mais importantes artistas do Terceiro Mundo nos últimos 30 anos.
Para versar sobre esse autor fundamental na compreensão do Brasil contemporâneo, Rodrigo Brandão (o curador desta sessão) junta-se à slammer, escritora, atriz e diretora brasileira Maria Giulia Pinheiro, e a angolana Jorgette Dumby, campeã do Slum Das Minas De Coimbra. A apresentação é de Nuno Miguel Guedes.
Maria Giulia Pinheiro
Maria Giulia Pinheiro é estudiosa da palavra falada, poeta, performer, roteirista, pesquisadora e ativista. Em 2021, lançou o álbum “RãCô”, premiado pelo Fundo Municipal de Cultura de São José dos Campos. Em 2020 ficou em 4 lugar na Copa do Mundo de Poetry Slam (“La Coupe du Monde |Grand Poetry Slam”), representando Portugal. Em 2019, estreou o espetáculo de palavra falada “A Palavra Mais Bonita”, que circula os países de línguas portuguesas e já fez temporadas em Lisboa, São Paulo, Maputo e Santiago (Galiza) desde então. Autora de “Da Poeta ao Inevitável”, pela Editora Patuá (2013), “Alteridade”, pelo Selo do Burro (2016), “Avessamento”(2017) e “30 (poemas de amor) para (os) 30 (anos de alguém que nunca amei tanto assim)”(2020), ambos pela Editora Urutau, além de dramaturga dos espetáculos “Mais um Hamlet”, “Alteridade”, “Bruta Flor do Querer” e “A Palavra Mais Bonita”, os últimos dois também sob sua direção. Coordena o Núcleo de Dramaturgia Feminista desde 2016.
Yaw Tembe
Natural da Suazilândia, há vários anos residente em Portugal, tem vindo a desenvolver um trabalho caracterizado pela exploração dos conceitos de transitoriedade e fragilidade num processo que tem cruzado várias áreas de criação – artes plásticas, vídeo, dança; a música tem sido o maior pretexto para a experimentação em projetos como Chão Maior, GUME, Sírius e Zarabatana. Como trompetista, desenvolveu um trabalho baseado na exploração das possibilidades tímbricas através de recursos acústicos tais como a modificação de surdinas e trompetes e na implementação de processos eletrónicos. Tem o trabalho editado em várias editoras nacionais e estrangeiras, dentre as quais Clean Feed, Creative Sources, Shhpuma, three: four records (Suíça), A Giant Fern (Reino Unido).