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CDWC Apalavrar // Workshop de escrita de letras para música
10/06/2021 | 10:00 - 11/06/2021 | 13:00
Em formato oficina, durante seis horas (repartidas por dois dias) vamos conhecer – e exercer – as técnicas e os truques usados pelos grandes mestres da escrita de canções. Recursos estilísticos, unidades de repetição, elementos de consistência e o mais importante: perceber os módulos rítmicos contidos nas palavras para as casar na perfeição com as toadas sinuosas das melodias – o calcanhar de Aquiles da música em português. Formação aberta a todos, não é necessária qualquer experiência prévia com música ou com escrita.
Duração: 2 módulos de três horas cada.
Datas: 10 e 11 de Junho de 2021
Horário: 10h00 às 13h00
Local: Livraria-Galeria Municipal Verney, em Oeiras
Nº de vagas: 16 (+4 suplentes)
Nº mínimo de participantes: 10
Com Gimba.
Diz a minha biografia que sou «um alfacinha sorridente que assina canções acústicas em português bem escorrido». Segundo o meu perfil de Instagram sou «músico, trovador (embora eu prefira o termo “trovadeiro”, mistura de “trovador” e “baladeiro”…), autor, produtor, escritor, fotografador, e outras coisas terminadas em “or”», nomeadamente, formador na área da escrita para canções, concretamente, na muy afamada “Oficina do Gimba”…
Tenho um percurso musical preenchido e variado: No ano da revolução Punk (1977) estive na génese dos Xutos & Pontapés (aliás, fui o “padrinho” que inventou o nome!). Na primeira metade da década de 80, o duo “Tiroliro e Vladimir” (com o meu camarada/companheiro de armas Jorge Galvão), fez furor na noite alfacinha, passando a trio em 1985, com a entrada de Nuno “Dr.” Faria, dando origem aos históricos “Afonsinhos do Condado” – um grupo que introduziu mil cores no cinzento panorama da pop nacional dos anos 80, muito influenciada pelas “chuvosas” bandas britânicas da escola Joy Division. Integrei depois – já nos loucos anos 90 – “Os Irmãos Catita”, com Manuel João Vieira, fazendo também umas perninhas como baixista nos “Ena Pá 2000”, com quem trabalhei depois como produtor executivo e operador de som.
Como produtor (além de discos em nome próprio), trabalhei com artistas tão variados como Boss AC, Tim, Deolinda ou José Cid. Dei a cara e fiz música para programas de televisão (“Pop Off”; “O Cabaret da Coxa”; “O Homem Que Mordeu o Cão”; “Estado de Graça”; “Donos Disto Tudo”). Também assinei bandas sonoras de programas de humor (“O Programa da Maria”; “Paraíso Filmes”, “Boa Noite, Alvim”), cinema (“O Crime do Padre Amaro”; “Um Passeio de Barco”), e produzi reportório infantil (“Contos de Salarissarim”; “As Canções da Maria”), além de vários trabalhos em rádio, teatro e publicidade.
Começei a estudar piano aos 6 anos, e flauta aos 8, mas foi só aos 14, ao começar os estudos de guitarra que escrevi as primeiras canções.
As minhas referências musicais assentam principalmente no que ouvi em casa durante a infância: discos de jazz melódico (Dave Bruebeck, Wes Motgomery, etc…), Bossa Nova (Tom Jobim, João Gilberto…), e muita rádio (Beatles, Stones, Dylan, Soul e R&B…). Segui atentamente a evolução da música portuguesa desde os tempos áureos do Festival da Canção, seguindo-se a “geração Zip-Zip”, a música de intervenção do 25 de Abril, o fenómeno do rock sinfónico, o boom do “Rock Português”, etc…
Apaixonado desde sempre pelo português cantado, estou a escrever um livro dedicado ao assunto – o primeiro em língua portuguesa!Depois de algumas palestras exclusivamente orais, consolidei a Oficina do Gimba como a pioneira e – de momento – melhor formação do seu género em Portugal, com o objetivo assumido de contribuir para uma nova tomada de consciência em relação ao português cantado. Os testemunhos dos alunos atestam que a Oficina é «divertida, apaixonante e enriquecedora»!