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Performance // Língua à Solta, com curadoria de Francisca Camelo
07/05/2022 | 18:00 - 19:00
“Língua Solta” é um projecto que se funde na arte da spoken word, mergulhando a poesia na música. Francisca Camelo, Frankão, Karla da Silva e Luca Argel propõem fundir os ritmos e as vozes poéticas de Portugal e do Brasil, sem fronteiras ou separatismos.
Unindo a música popular brasileira e a sonoridade portuguesa através da frescura e imediaticidade de uma mesa de mistura, o texto poético surge aqui como o diálogo mais directo entre dois interlocutores.
Por isso mesmo, “Língua Solta” pretende questionar as fronteiras políticas da linguagem, do racismo, da colonização da cultura e do género espartilhado: citando Caetano Veloso, “A língua é minha pátria / E eu não tenho pátria, tenho mátria / E quero frátria”.
Luca Argel
Luca Argel (Rio de Janeiro, 1988), é licenciado em música pela UNIRIO e mestre em literatura pela Universidade do Porto. É vocalista e compositor dos grupos “Samba Sem Fronteiras”, “Orquestra Bamba Social” e “Ruído Vário”, este último em parceria com a cantora Ana Deus, sobre poemas musicados de Fernando Pessoa. Tem livros de poesia publicados no Brasil, em Espanha e em Portugal, um dos quais foi semifinalista do Prémio Oceanos 2017. Escreve rubricas de rádio e bandas sonoras para dança e cinema. Possui quatro álbuns lançados, o último dos quais, “Samba de Guerrilha” é resultado de uma pesquisa continuada sobre a história política do samba.
Karla da Silva
Karla da Silva (Rio de Janeiro, 1983) é formada em Letras e canto popular. Cantora e compositora, em 2010 lançou seu 1° álbum solo “Festejo e Fé”. Em 2012 foi semifinalista na primeira edição do The Voice Brasil. Lançou em 2013 “Quintal”. Em 2014 foi aprovada no Edital Nacional Natura Musical onde fez turnê patrocinada pelo mesmo pelo Brasil e gravou o DVD/Documentário “Quintal ao Vivo”. Em 2017, lançou o álbum “Gente que nunca viu vai ver a pretíssima coroação” citado por Elza Soares em entrevista na Red Bull Music Academy em Nova York como um álbum que ela ouvia. Em 2018 fez turnê internacional, patrocinada pelo programa IberMúsica, foram 24 shows entre Portugal e França. Em 2019 mudou-se para Portugal, onde no momento compõe e grava seu 4° álbum, “O Samba Cura”. Além de seu projeto solo autoral e seu trabalho como educadora no projeto Teach for Portugal, é vocalista no coletivo musical “Rua das Pretas”, que está em cartaz nos Coliseus do Porto e Lisboa gravando a segunda temporada da série televisiva homônima para ser exibida na RTP1. É também uma das vocalistas da portuense “Orquestra Bamba Social”.
Frankão o Gringo Sou Eu
Franklin Soares Monteiro (Angra dos Reis, 1978). Em 1996, participa de sua primeira banda – Tchaka Fire. Em 1999, cria a banda Gusa. Em 2003, foi fundador do ECFA – Espaço Cultural Francisco de Assis França na cidade industrial de Volta Redonda – RJ. Ponto de Cultura do programa ‘Cultura Viva’ do Governo Federal brasileiro, foi estrutura-referência no âmbito sociocultural tendo agido junto de 12 favelas no estado do Rio de Janeiro. Reside em Portugal desde 2010 e, desde então, desenvolveu trabalho junto de entidades e países como o Brasil, São Tomé e Príncipe ou Alemanha. Idealizador do projeto Blocodeconcreto e outras iniciativas na área da educação artística, em Portugal atuou e atua nos bairros sociais, associações e escolas de Sintra, Cascais, Matosinhos, Guimarães e V. N. Famalicão. Enquanto músico, e para além de O Gringo Sou EU, é pandeirista e back vocal da banda Samba Sem Fronteiras e, também, percussionista dos HHY & The Macumbas.
Francisca Camelo
Francisca Camelo nasceu no Porto em 1990. Tem poemas espalhados em diversas antologias e revistas em Portugal e no Brasil, tendo sido traduzida no México, Espanha e Alemanha. Autora de “Cassiopeia” (Apuro Edições, 2018); “Photoautomat” (Enfermaria 6, 2019); “O Quarto Rosa” (semi-finalista do Prémio Oceanos 2019; Corsário-Satã, Brasil) e “A Importância do Pequeno-almoço” (Fresca Edições, 2020).