2º MOON Festival Internacional de Videopoesia distingue filmes de Portugal, Suíça e Brasil

Com uma receção calorosa do público e salas cheias ao longo do fim de semana, o MOON – Festival Internacional de Videopoesia encerrou este domingo, 9 de novembro, no Templo da Poesia, em Oeiras, com um balanço muito positivo. A segunda edição do festival atraiu mais de três centenas de espectadores ao longo de dois dias e apresentou cerca de 30 filmes a concurso, selecionados entre mais de duzentas submissões provenientes de diferentes países.

Durante dois dias, o MOON apresentou uma intensa programação que uniu cinema, poesia e música, com mostras curatoriais de Edgar Pêra e Duplacena, a performance poética de Maria Barnas e o cine‑concerto de Tó Trips e Edgar Pêra, que encerrou o evento.

 

Filmes premiados

O Primeiro Prémio foi atribuído a Três Propostas para um Incêndio, do Penumbra Grupo de Estudos de Fotografia, distinguido “pela elegância na abordagem visual e pela solidez do texto, com a força das palavras sublinhada pela simplicidade e pelo rigor conceptual”.

O Segundo Prémio foi entregue a Addicted To The Wound, de António Forte, João Øbo e Rita Tormenta, reconhecido pela sua “profundidade poética e estética ao explorar, com rara sensibilidade, a relação entre dor e criação. A escolha do preto e branco ampliou a metáfora do contraste entre ausência e presença, ferida e cura, silêncio e expressão, revelando uma inquietação existencial que persiste muito depois do fim do vídeo.”

O Terceiro Prémio foi para behind the mountains, da suíça Lena Rubitschung, descrito pelo júri como “um belo exercício de imaginação e memória que conduz o espectador por relações e perdas, com palavras e imagens de grande intimidade poética”.

Menções honrosas

O júri destacou ainda, com menções honrosas, os filmes Mimosa Pudica: an epistemological parody, de Henrique Vaz (Brasil); Chororô, de Clara Vieira Silveira e Iara Ferreira (Brasil); e Blind Folded On The Highway, de Rita Tormenta e António Forte (Portugal), sublinhando “a diversidade de linguagens e abordagens presentes nesta edição do festival.”

Com entrada livre e uma programação que cruzou geografias, linguagens e disciplinas, o MOON afirmou-se como um espaço de encontro entre poetas, cineastas e artistas visuais, promovendo novas formas de criação em torno da palavra, da imagem e do som.

Promovido pela Associação Cultural A Palavra, em coprodução com a Câmara Municipal de Oeiras e integrado na programação MAP – Mostra de Artes da Palavra, o festival volta a sublinhar a vitalidade da criação contemporânea e o papel de Oeiras como território de diálogo entre as artes.