MOON - Festival Internacional de Videopoesia

8-9 de Novembro | Templo da Poesia, Oeiras

Conversas, Cine-concertos, Mostra de filmes

O MOON é um festival internacional de videopoesia que propõe um encontro entre poetas, cineastas e festivais de videopoesia. Promovido pela associação cultural A Palavra, em coprodução com a Câmara Municipal de Oeiras e inserido no MAP - Mostra de Artes da Palavra, constitui-se como um espaço público aberto à expressão criativa de todas as tendências e correntes da videopoesia e da videoarte contemporâneas.

Programação

Dia 8 de novembro
15:30h | Filmes a concurso #1
16:45h | Mostra com curadoria de Edgar Pêra
18:00h | Filmes a concurso #2
19:15h | Mostra e performance de Maria Barnas

Dia 9 de novembro
14:30h | Filmes a concurso #3
15:45h | Mostra de Duplacena, com curadoria de António Câmara Manuel e Irit Batsry
16:30h | Conversa com António Câmara Manuel, Edgar Pêra, Irit Batsry, Maria Barnas e moderação de Nuno Miguel Guedes
18:00h | Entrega de prémios
18:30h | Cine-concerto com Tó Trips e Edgar Pêra

 

8 de Novembro

15:30h | Filmes a concurso #1

  • Sinopse:

    A linguagem é um código. E alguns autores manejam o código de maneira tão criativa que transcendem os limites do tempo. Utilizamos a ferramenta Processing para render uma homenagem a João Guimarães Rosa, autor de Grande Sertão: Veredas, inspirados na seguinte fala de Riobaldo, o jagunço contador de histórias: "A água caía, às despejadas, escorria nas caras da gente, em fios pingos" (Grande Sertão: Veredas, de Guimarães Rosa, p.67).

    Biografia do autor:

    Luis Henrique Almeida de Oliveira (@sub.lim_) é um polinizador baseado em Braga, Cidade Criativa da Unesco para as Media Arts. Ele é aluno do Mestrado em Media Arts da Universidade do Minho. Luis atua como editor de áudio do podcast "Ondas de Inovação", do LA-BORA!gov — um laboratório de inovação pública no Brasil. Luis também colabora com Saracura, o filme, como Associate Producer.

    Ficha técnica:

    Pesquisa, criação e produção: Luis Henrique Almeida de Oliveira

    Ferramentas: chatGPT para a geração do código

    Som: Summer_Rain_On_Village_Balcony_Intense_02 via Soundstripe.

    Edição: After Effects

  • 8'08''

    Sinopse:

    “N” é um manifesto sinestésico sobre a modernidade tecnológica e seu impacto silencioso na dissolução das relações humanas. Uma narrativa traduzida em música, fotografia e cinema contemporâneo.

    Biografia do autor:

    João Minatti é compositor e pianista, natural de Brusque (BRASIL). Começou a tocar piano aos 8 anos de idade, herdando da avó materna o amor pelo instrumento. Suas obras transitam entre a música instrumental contemporânea, erudita, o jazz e a música experimental. Com forte apelo sensível e visual, seus trabalhos buscam dialogar com outras linguagens, como o cinema e a fotografia. Compositor desde os 15 anos, assina a trilha sonora de 5 filmes e 4 peças teatrais.

    Ficha técnica:

    Direção Geral e Composição: João Minatti
    Músicos: João Minatti (harmônio) 
    Direção e Roteiro: Ricardo Weschenfelder
    Assistente de Direção, Concepção e Montagem: Zeca Day
    Direção de Fotografia e Câmera: Vitor Michelato
    Arte: Nestor Varela
    Texto: Everton Girardi
    Gravação, Mix e Master: Demis Kohler e Matheus Henschel
    Estúdio de Gravação: Euphonia e Eletric Meduza
    Produção Executiva: Universo Produções
    Assessoria de Imprensa: Pérola Ceron

  • 3'00''

    Sinopse:

    Ao transformar as gotas d'água das cachoeiras sagradas em glitches, distorcendo a água até torná-la irreconhecível, este vídeo é a forma visual do sentimento de similaridade com a natureza que senti durante a travessia entre as montanhas da Lapinha da Serra, Minas Gerais. Um lugar intocado por humanos, onde insetos, plantas, animais e espíritos podem viver livremente.

    Com frases que aparecem ao longo do vídeo, revisito os pensamentos que tive ao entrar na montanha, assim como reflexões sobre a relação de coexistência e interconexão entre humanos, não-humanos e a natureza. A água e os gritos como trilha sonora, replicando os zumbidos místicos que pareciam guiar cada passo meu, como se o próprio universo sussurrasse o caminho a seguir. No vídeo, humano. Na memória, natura. Este vídeo celebra a natureza como essa força intuitiva que pulsa ao nosso redor, ao mesmo tempo em que nos chama a prestar atenção ao que podemos perder se ela não for preservada.

    Biografia do autor:

    Giovana Santana é uma artista visual nascida em São Paulo cuja prática transita entre o orgânico e o digital. Com sensibilidade explora sons, texturas e cores de forma intuitiva e experimental. Inspirada pela observação do cotidiano e pela comunidade queer, sua prática transita entre o zoom calmo e demorado de sua filmadora digital, com o flash de sua câmera analógica, construindo uma poética de registro que documenta a vida e a cena queer que a permeiam.

    Ficha técnica:

    Directora: Giovana Santana
    Trilha sonora: Luiz Henrique Otto Santana Filho

  • 8'12''

    Sinopse:

    Para queimar, o fogo precisa de combustível e de oxigênio. Forças que podem se confundir.

    "Três propostas para um incêndio" revela a condição particular de desistir da desistência, acreditar nos processos e ir de encontro ao desenho inflamável que cada sentimento imprime na imagem. Em três atos, três fagulhas. Nas esquinas e nos cruzamentos da cidade, as imagens queimam e desaparecem em faíscas. O incêndio é uma oferenda.

    Biografia do autor:

    Penumbra é um Grupo de Estudos de Fotografia que se encontra semanalmente no Ateliê Gaveta, no hipercentro de Belo Horizonte, desde março de 2024. Sob orientação de Giovanna Almeida Cunha, o grupo explora práticas colaborativas para criação artística. Penumbra não é câmera clara, nem câmera escura. É o entre. Lugar onde a imagem hesita. Onde o olhar se demora. Onde o pensamento ainda não chegou a um fim. Penumbra é um convite: a obscurecer para ver melhor.

    Ficha técnica:

    Criação coletiva do Penumbra, Grupo de Estudos de Fotografia

    Mediação: Giovanna Almeida Cunha

    Participantes: Alice Cunha, Daniel Cotta, Gabriel Bueno, Gabriela Fausto, Guilherme Sad, Helena Lima, Lara Pertel, Leonardo Abreu, Ludmilla Gualberto, Marina Gomes, Matheus Ferreira, Pedro Paulo, Vitória Toledo, Wemerson Martins

    Texto: Pedro Paulo
    Trilha sonora: Matheus da Silva
    Gravação do áudio: Tiago Pacci
    Voz: Felipe Gontijo
    Design: Alice Cunha

  • 1'14''

    Sinopse:

    Parna Rappers é um projeto artístico cultural digital que transforma poemas e poetas brasileiros do século XIX em músicas e clipes de rap. Os sonetos clássicos são apresentados na linguagem dos dias de hoje, em formato vertical com cerca de um minuto de duração, mantendo a poesia viva onde ninguém esperava encontrá-la. Versos Íntimos é um dos sonetos mais famosos de Augusto dos Anjos, ícone do simbolismo/pré-modernismo do Brasil, e faz parte dessa série.

    Importante ressaltar que todas as obras se encontram em domínio público.

    Biografia do autor:

    Gabriel Gil Carregal é carioca, poeta e publicitário com prêmios e reconhecimentos nacionais e internacionais. Nos últimos anos, vem explorando as possibilidades da inteligência artificial para criar ainda mais possibilidades criativas.

    Ficha técnica:

    Gabriel Gil Carregal

  • 4'20''

    Sinopse:

    «Negra» é um filme-poema lírico que personifica África como uma mulher resiliente, radiante e eterna. Através de imagens poderosas, ela fala como a voz do seu povo, incorporando a força enraizada do baobab, a riqueza dos tesouros da terra e as tradições ininterruptas dos antepassados. Ela é mãe, educadora e criadora, carregando o legado de reinos passados enquanto anuncia a promessa de um futuro ainda por vir. Entrelaçando linguagem, arte, história e espírito, «Negra» celebra a identidade negra e o orgulho africano como algo antigo e intemporal, fragmentado e completo, silenciado e retumbante. Em última análise, «Negra» não é apenas um nome, mas uma declaração: «Eu sou a África».


    (EN) "Negra" is a lyrical film-poem that personifies Africa as a woman who is resilient, radiant, and eternal. Through powerful imagery, she speaks as the voice of her people, embodying the rooted strength of the baobab, the wealth of earth’s treasures, and the unbroken traditions of ancestors. She is mother, nurturer, and creator, carrying the legacy of kingdoms past while heralding the promise of tomorrows yet to come. Weaving together language, art, history, and spirit, "Negra" celebrates Black identity and African pride as both ancient and timeless, fractured and whole, silenced and resounding. Ultimately, "Negra" is not just a name, but a declaration: “I am Africa.”

    Biografia do autor:

    Yewande Akinse é poeta e autora de três coleções de poesia, intituladas «The rise and fall of rhymes and rhythms» (2025), «A tale of being, of green and of ing» (2019) e «Voices: A collection of poems that tell stories» (2016). Os seus poemas foram publicados em mais de 30 revistas e jornais literários.

    (ENG)Yewande Akinse is a Poet and Author of three collections of poetry, titled, "The rise and fall of rhymes and rhythms" (2025) “A tale of being, of green and of ing" (2019) and Voices: A collection of poems that tell stories (2016). Her poems have appeared in over 30 literary journals and magazines.

    Ficha técnica:

    Realizador/Director: Yewande Akinse
    Motion design e gráficos/Motion Design and Graphics: Gael Perez

  • 10'23''

    Sinopse:

    Mimosa Pudica: uma paródia epistemológica é uma ópera em vídeo que combina síntese articulatória do trato vocal, modelagem física e síntese de vídeo. Inspirada na planta Mimosa pudica, que dobra as folhas, a obra questiona os sistemas de classificação, a memória e a aprendizagem tanto em humanos como em plantas. Estruturada em sete movimentos — prelúdio, recitativo, interlúdios, reprises contrapontísticas e declamações —, a ópera apresenta vozes modeladas algoritmicamente que cantam fragmentos de cativeiro, mimetismo, medo e resistência: «Nasci em cativeiro... Eles ainda duvidam que aprendemos e nos lembramos». O libreto reimagina a taxonomia de Linnaeus como uma ópera irónica de nomenclatura e controlo, onde a voz vegetal expõe como os organismos são rotulados por comportamento, forma, reino, género e até cor da pele. Na interseção entre poesia, ciência e paródia, a peça questiona: as plantas podem aprender e o que devem esquecer para sobreviver?

    (EN) Mimosa Pudica: an epistemological parody is a video-opera merging vocal tract articulatory synthesis, physical modelling and video synthesis. Inspired by the leaf-folding plant Mimosa pudica, the work questions classification systems, memory and learning in both humans and plants. Structured in seven movements—prelude, recitative, interludes, contrapuntal reprises and declamations—the opera stages algorithmically modelled voices that sing fragments of captivity, mimicry, fear and resistance: “I was born in captivity… They still doubt that we learn and remember.” The libretto reimagines Linnaean taxonomy as an ironic opera of naming and control, where the vegetal voice exposes how organisms are labeled by behavior, shape, kingdom, gender and even skin color. At the intersection of poetry, science and parody, the piece asks: can plants learn, and what must they forget in order to survive?

    Biografia do autor:

    Henrique Vaz é compositor, investigador e professor do Programa de Pós-Graduação em Artes, Cultura e Línguas da Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF). Ele lidera os grupos Programação Criativa como Chave Pedagógica e Gambiolutherie. Formado em composição, ciência da computação e educação musical, sua prática combina ensaios, workshops e experimentos algorítmicos que exploram a síntese sonora e visual, a codificação criativa e os impactos sociotécnicos da cultura digital.

    (EN) Henrique Vaz is a composer, researcher, and professor at the Graduate Program in Arts, Culture, and Languages at the Federal University of Juiz de Fora (UFJF). He leads the groups Creative Programming as a Pedagogical Key and Gambiolutherie. Trained in composition, computer science, and music education, his practice combines essays, workshops, and algorithmic experiments exploring sound and visual synthesis, creative coding, and the sociotechnical impacts of digital culture.

    Ficha técnica:

    Video-opera: Henrique Vaz (composition, vocal tract articulatory synthesis, physical modelling synthesis, video synthesis) 
    Libretto: Flávia Pinheiro

  • 15'11''

    Sinopse:

    «Tabacaria», um poema atribuído a Álvaro de Campos (heterónimo de Fernando Pessoa), é um dos textos mais conhecidos e admirados da obra do poeta. Foi publicado pela primeira vez na revista Presença, n.º 39, Coimbra, em julho de 1933. Interpretado pela atriz São José Correia, este poema revela-se aqui em toda a sua complexidade existencial e literária.

    Biografia do autor:

    São José Correia nasceu em Lisboa, Portugal. É atriz e realizadora.

    Ficha técnica:

    São José Correia (Realizador), Vera Mundi (Produtor), São José Correia

    (Interpretação), André Calado (Fotografia), Tiago Cerqueira (Som), Magali Santana (Maquilhagem), António Mendes (Edição)


 

16:45h | Mostra com curadoria de Edgar Pêra

  • 45'

    Compilação de filmes de Edgar Pêra em colaboração com músicos, tais como Tó Trips, Sula Bassana, Manuel de Oliveira, Rão Kyao, Xutos e Pontapés, Legendary Tigerman, a banda belga Pornohraphie Exclusive, entre outros. 

    Compilation of films by Edgar Pêra in collaboration with musicians such as Tó Trips, Sula Bassana, Manuel de Oliveira, Rão Kyao, Xutos e Pontapés, Legendary Tigerman, the Belgian band Pornographie Exclusive, among others.

  • Nasceu em Lisboa, Portugal, em 1960. O filme que melhor sintetiza a primeira fase da caudalosa (mais de uma centena de trabalhos para cinema, tv, net, espectáculos, galerias, eventos) e controversa obra de Edgar Pêra é A Janela (Maryalva Mix) (Festival Locarno 2001), “Iconoclasta” para uns, “cine-poeta-provocador” para outros, Pêra filma compulsivamente desde A Cidade de Cassiano (Grand Prix Films D’architecture 1991) sem abdicar de uma reflexão sobre a realidade do seu país, quer no documentário (Movimentos Perpétuos 3 Prémios IndieLisboa 2006) quer na ficção (O Barão, em preparação). Foi alvo de retrospectivas em Amsterdão - World Wide VideoFestival, França - Festival Travelling, Lisboa (Videoteca), Reus (I Festival Curtas Metragens), no Porto (Rivoli) em Braga (Videoteca), entre outros. Foi galardoado em 2006 com o Prémio Pasolini pela carreira, conjuntamente com Alejandro Jodorowsky, Agnes B. e Fernando Arrabal, em Paris.

    Born in Lisbon, Portugal, in 1960. The film that best summarises the first phase of Edgar Pêra's prolific (more than a hundred works for cinema, television, the internet, shows, galleries, events) and controversial work is A Janela (Maryalva Mix) (Locarno Festival 2001). An “iconoclast” to some, a “provocative film poet” to others, Pêra has been filming compulsively since A Cidade de Cassiano (Grand Prix Films D'architecture 1991) without abandoning his reflection on the reality of his country, whether in documentary (Movimentos Perpétuos 3 IndieLisboa Awards 2006) or fiction (O Barão, in preparation). He has been the subject of retrospectives in Amsterdam - World Wide Video Festival, France - Travelling Festival, Lisbon (Videoteca), Reus (I Festival Curtas Metragens), Porto (Rivoli) and Braga (Videoteca), among others. In 2006, he was awarded the Pasolini Prize for his career, together with Alejandro Jodorowsky, Agnes B. and Fernando Arrabal, in Paris.

 

18:00h | Filmes a concurso #2

  • 3'14''

    Sinopse:

    Utilizando a voz e o texto de Iara Ferreira, Clara Silveira cria um vídeo experimental que incorpora pintura, técnicas tradicionais de animação e texto.

    Biografia do autor:

    Clara Silveira (1990) é uma artista multimídia e dançarina de tango brasileira. Sua obra investiga memória, trauma e identidade, mesclando ficção e realidade. Com projetos premiados como EXIT e Chororô (Prêmio Aldir Blanc, 2021), participou de festivais como o ScreenDance (Suécia, 2023) e residências como GlogauAIR (Berlim, 2024). Atualmente, integra o coletivo Arsenalia.

    Ficha técnica:

    Direção, edição, arte e performance: Clara Vieira Silveira
    Direção de fotografia: Bolívar Alencastro
    Texto e voz: Iara Ferreira
    Música: Une barque sur l'ócean, Felipe Sarro

  • 6'50''

    Sinopse:

    Lisboa é poesia. Viver em Lisboa é fazer parte das linhas, sílabas e sons dessa poesia. É escrevê-la. É partilhá-la. E aqui essa partilha vai ser feita através do formato Poetry Slam. Com esta instalação interactiva procura mostrar-se a poesia crua das pessoas na rua, os “lxboetas/lxpoetas” de várias cores – as rimas das suas rugas, dos seus sorrisos, das suas dúvidas e certezas – através de vídeo-poemas. Estas declarações e declamações de quem vive Lisboa irão colorir o átrio norte da estação Anjos.

    Biografia do autor:

    Mick Mengucci era músico, perfomer e engenheiro multimedia. Italiano, residente em Lisboa. Desde 1998, mistura as competências cientificas com sua música, poesia e arte. É guitarrista e cantor profissional. Mistura spoken word com interação multimedia em projetos de criação artística através do LabIO - Laboratório de Interação com Oralidade com o qual da formação em poetry slam, interactividade digital e musicalidade, em colaboração com outros artístas e ativistas. Rest In Poetry.

    Ficha técnica:

    Conceito & Criação: Colectivo Lab.IO
    Colectivo Lab.IO são: João Meirinhos, Marinho Pina & Mick Mengucci
    Captação e Edição de Imagem: João Meirinhos
    Direção Técnica: Mick Mengucci
    Mestre (sem) Cerimónias: Marinho Pina
    Performance: João Meirinhos, Marinho Pina, Mick Mengucci & Lxpoetas

  • 7'01''

    Sinopse:

    "Digestão Mental" é um experimento audiovisual que retrata uma viagem psíquica aos labirintos da mente, num processo digestivo de expansão da consciência. "...Se há universos tão frutíferos em meio ao caos. Há do Ser de comer do fruto criativo num banquete de sugestões mentais..."

    Biografia do autor:

    Artista visceral, intenso, profundo, underground. Marcelo Moreira é ator e poeta brasileiro. Nascido e criado em Salvador, Brasil, é autor da obra literária “Sociedade dos Escravos Modernos” (2022) e, além de ser artista das Artes Cênicas, também canta e dança. Produz suas próprias performances artísticas, que surgem através das interpretações de suas próprias poesias. Já ganhou diversos troféus, honrarias e prêmios no mundo literário e no universo audiovisual, principalmente fora do país.

    Ficha técnica:

    Direção, Dramaturgia e Produção: Marcelo Moreira
    Trilha Sonora: David Mllr
    Arte Visual: Mistress Carol / Studio 44 Productions / Detour Moves / Matt Stone / Cassiopeia Project / Cute Stock Footage / ScytheZ

  • 2'59''

    Sinopse:

    A poesia “Consciências vividas” é inspirada em vivências xamânicas e expressa uma filosofia existencial que propõe sobrevoar por ideias de vidas passadas, suas potências para o presente, pensar nossas múltiplas dimensões e as forças que nos atravessam. A poesia xamânica possui a potência de ampliar nosso sentimento estético sobre o mundo. O xamanismo nos apresenta outros olhares sobre a vida ao trazer à consciência nossas vidas passadas para pensar nosso presente, velando processos que revelam nossa complexidade e condição humana. O resgate de uma biomemória nos leva a pensar novos mundos e nos revela a profunda conexão do ser com a natureza e a espiritualidade. Pensar a vida com suas infinitas possibilidades é o papel da poesia ancestral.

    Biografia do autor:

    Cadu Araújo é indígena, artista e produtor cultural, desde 2000. Coordena o Projeto Cine Goto Seco, desde 2013. Lançou em 2022 o livro de poesias "Infinito" e o livro, fruto de sua tese de dourado, "Xamanismo Hoje: diálogos com uma sabedoria arcaica" (UKA Editorial). Selecionado em editais públicos, produziu o seriado "Ceará-Mirim: cidade dos Tributos" (2021), o média-metragem "O Pomar do Poeta Ivo Maia" (2024) e o videopoema Consciências Vividas.


    Ficha técnica:

    Poesia: Consciências Vividas, de Cadu Araujo, Livro Infinito (2022)
    Roteiro e Direção: Cadu Araujo
    Produção: Goto Seco Produções Culturais
    Produção Executiva: Carlos H. de Araújo
    Trilha Sonora: Yrahn Barreto
    Flauta: Cadu Araujo
    Vozes: Yrahn Barreto e Jamilly Mendonça
    Edição: Cadu Araujo
    Audiodescrição: SOMAR Comunicação e Acessibilidade
    Libras: Rayanna Evellin
    Locações: Aldeia Indígena Katu (Goianinha/RN) e Aldeia Indígena Ibirapi de Lagoa Grande (Ceará-Mirim/RN)

    APOIO: Movimento Alternativo Goto Seco

    PATROCÍNIO: Ministério Da Cultura, Governo Do Estado Do Rio Grande Do Norte, Secretaria Estadual Da Cultura e Fundação José Augusto.

  • 2'48''

    Sinopse:

    A relação entre os seres humanos e a natureza é complexa, moldada pelos sentimentos humanos de superioridade e domínio sobre o mundo natural. Este desafio é explorado em profundidade na primeira coleção de poesia «foundations». Para aprofundar ainda mais esta conexão, foi criado o projeto de vídeo «fragments of Nature», onde a linguagem da poesia se entrelaça com imagens do mundo natural.

    (EN)The relationship between humans and nature is complex, shaped by human feelings of superiority and dominance over the natural world. This challenge is explored in depth in the debut poetry collection "foundations". To deepen this connection further, the video project "fragments of Nature" was created, where the language of poetry intertwines with images of the natural world.

    Biografia do autor:

    Urszula Morga – realizadora, escritora e poetisa. Formada pelas escolas de cinema de Katowice e Gdynia. Autora de livros infantis e da coleção de poesia Foundations. Vencedora do Concurso Nacional de Poesia Janusz Różewicz. Dirige o estúdio de animação Esy-floresy.

    Bartosz Mikołajczyk – cineasta, ilustrador e animador. Formado pela Escola de Cinema de Katowice e pela Academia de Belas Artes de Gdańsk. Cofundador do estúdio Esy-floresy.

    (EN) Urszula Morga – director, writer, and poet. Graduate of film schools in Katowice and Gdynia. Author of books for children and the poetry collection Foundations. Winner of the Janusz Różewicz National Poetry Competition. Runs the Esy-floresy animation studio.

    Bartosz Mikołajczyk – cinematographer, illustrator, and animator. Graduate of the Katowice Film School and the Academy of Fine Arts in Gdańsk. Co-founder of Esy-floresy studio.

    Ficha técnica:

    Inclui poemas/Includes poems: “re/xist,” “bacterial culture,” “a minute of silence.”

    Escrita, realização, poesia, voz/written, directed, poetry, voice: Urszula Morga

    Cinematografia, edição, desenho de som/cinematography, editing, sound design: Bartosz Mikołajczyk

    Música/music: audiojungle.net

    Poland, 2025

  • 9'25''

    Sinopse:

    Uma poeta visita a casa da sua amiga, também poeta, em Lisboa. Ambas migrantes de Barranquilla, na Colômbia, elas viajam juntas entre livros, cabides, mangas e ondas. Casas Errantes foi realizado com o apoio financeiro para a Criação Contemporânea 2024-2025 da Câmara Municipal de Madrid.

    (EN) One poet visits the house of her friend, also a poet, in Lisbon. Both migrants from Barranquilla, Colombia, they journey together between books, pegs, mango and waves. Casas Errantes (Wandering Houses) was made with financial support for Contemporary Creation 2024-2025 from Madrid City Council.

    Biografia do autor:

    Lilián Pallares e Charles Olsen formam a dupla criativa antenablue «a palavra observada». Artistas, poetas e criativos audiovisuais da Colômbia e da Nova Zelândia, receberam as distinções XIV e XIII «Poetas de Otros Mundos», respetivamente, atribuídas pelo Fondo Poético Internacional. Com sede em Madrid, Espanha, apresentaram os seus premiados filmes de poesia colaborativos — realizados em workshops com diversas comunidades — em festivais internacionais.

    (EN)Lilián Pallares and Charles Olsen form the creative duo antenablue 'the observed word'. Artists, poets, and audiovisual creatives from Colombia and New Zealand, they received the XIV and XIII distinctions ‘Poetas de Otros Mundos’ respectively, awarded by the Fondo Poético Internacional. Based in Madrid, Spain, they have presented their award-winning collaborative poetry films—made in workshops with diverse communities—at international festivals.

    Ficha técnica:

    Poems: Lilián Pallares, Lauren Mendinueta
    Saxophone: Edouard Rambourg
    Piano & Colombian gaita: Charles Olsen
    Sound design: Charles Olsen
    Camera & editing: Charles Olsen
    Still photography: Gabriel Rambourg
    Direction: Lilián Pallares & Charles Olsen

    Production: antenablue

    Filmed in: Lisbon, Portugal

  • 1'06''

    Sinopse:

    Roger Wolfe, poeta espanhol, lê o seu poema “Poesia”.

    Biografia do autor:

    Cineasta, videógrafo, nasceu em 1975 e estudou Realização e Fotografia em Lisboa. Desenvolve e colabora em projetos nas áreas de cinema, teatro, literatura e música. Na sua filmografia constam “• • • --- • • •” (2013), “Não Humano” (2015), “Terra Besta” (2018), "Joie de Vivre" (2025), exibidos em diversos festivais nacionais e internacionais. Em vídeo, co-criou e realizou a série documental de oito episódios “Arquipélago” (2015-2018), com entrevistas a autores e editores na área da literatura.

    Ficha técnica:

    Realização, Imagem, Som, Edição e Música: Hugo Magro
    Texto e Voz: Roger Wolfe

  • 3'29''

    Sinopse:

    A autora Rita Tormenta traz no poema Aporia uma reflexão implacável e contemporânea sobre a condição humana, “....foi o espírito que falhou em escapar à morte.” citando Paul Celan. A adaptação toma a forma de uma de uma carta redigida durante uma viagem imaginária pela Ásia Ocidental e endereçada ao autor Theodor Adorno, "...a morte da escrita". Montagem construída a partir de fragmentos de vídeos, filmes e fotografias compartilhados livremente. Aporia é um poema de Rita Tormenta incluído no seu livro Jugular Exposta (edição portuguesa, The Poets and Dragons Society 2025).


    Biografia do autor:

    António Forte (Lisboa, 1967) estreia-se como realizador em Pop Off (1992). Editou ou realizou séries e documentários sobre música, moda, poesia, design, street art, viagens, redes sociais, arte e desporto, exibidos nos principais canais portugueses. Destaque para O Trabalho, Musicbox Clubdocs, A Rede e Boom Festival, desenvolvidos no colectivo Droid i.d. . Em 2024/5 realizou cine-poemas para Rita Tormenta. Autônomo e poético, experimenta a liberdade e a responsabilidade no quotidiano.


    Ficha técnica:

    Poema: Rita Tormenta
    Voz: Pedro Lourenço
    Cine-poema: António Forte

    Misturas: Tiago Inuit

    Agradecimentos: Tiago Rebelo e Droid i.d.

    Aporia é um poema in Jugular Exposta de Rita Tormenta

    Editor: Dinis H. Machado ©2025 Rita Tormenta

    Direitos literários reservados e controlados por The Poets and Dragons Society

  • 2'39

    Sinopse:

    Adpatação livre do poema “Fogo do Verso” de Andreia C. Faria.

    Biografia do autor:

    Cineasta, videógrafo, nasceu em 1975 e estudou Realização e Fotografia em Lisboa. Desenvolve e colabora em projetos nas áreas de cinema, teatro, literatura e música. Na sua filmografia constam “• • • --- • • •” (2013), “Não Humano” (2015), “Terra Besta” (2018), "Joie de Vivre" (2025), exibidos em diversos festivais nacionais e internacionais. Em vídeo, co-criou e realizou a série documental de oito episódios “Arquipélago” (2015-2018), com entrevistas a autores e editores na área da literatura.

    Ficha técnica:

    Realização, Imagem, Som, Edição e Música: Hugo Magro
    Texto: Andreia C. Faria
    Interpretação: Carla Madeira

  • 1'55''

    Sinopse:

    Conduzidos pela voz de joão Øbo, passeamos pelas estações do ano ou do tempo. E se eu sarar? "Addicted to the Wound" é um poema de Rita Tormenta escrito originalmente em Português e incluído no seu livro Jugular Exposta (edição portuguesa, The Poets and Dragons Society 2025)

    Biografia do autor:

    António Forte (Lisboa, 1967) estreia-se como realizador em Pop Off (1992). Editou ou realizou séries e documentários sobre música, moda, poesia, design, street art, viagens, redes sociais, arte e desporto, exibidos nos principais canais portugueses. Destaque para O Trabalho, Musicbox Clubdocs, A Rede e Boom Festival, desenvolvidos no colectivo Droid i.d. . Em 2024/5 realiza cine-poemas para Rita Tormenta. Autônomo e poético. Experimenta a liberdade e a responsabilidade no quotidiano.

    joão Øbo

    Nos últimos anos, em hiato criativo prolongado. Tem-se dedicado, como sofredor, a encontrar vias de alívio e/ou cura para a Noxacusia/Hiperacusia -deficiências auditivas raras profundamente debilitantes (e ainda pouco estudadas pela ciência), caracterizadas por extrema sensibilidade e/ou dor intra-auriculares a quaisquer sons do ambiente. Daí que, mais recentemente, o seu foco criativo se tenha vindo gradualmente a colocar mais nas áreas do silêncio e da voz como arte, consciência sonora, perturbações auditivas, acústica, meditação, frequências sonoras e acuidade auditiva.

    Rita Tormenta

    Licenciou-se em Teatro/Atores. Foi responsável pela conceção e implementação de vários projetos na área das artes e da educação. Mãe de 5 filhos, tem um gato e algumas plantas numa varanda com vista para o rio. Publicou o seu primeiro livro em 2022, "Angústias centrífugas a 1600 rpm", o segundo em 2023, "O pequeníssimo livro de ti", e este ano publicará o seu terceiro livro. Participante regular em noites de poesia e apresentador de uma delas há quase 2 anos. Coautora e responsável pelo evento "Aqui Vai Livre", um encontro informal de autores que atiram literalmente os seus livros para o público, e também coordenadora da "Noite da Literatura Ibero-Americana em Lisboa", um evento internacional que celebra escritores latino-americanos, espanhóis, portugueses e africanos.

    Ficha técnica:

    Poema: Rita Tormenta
    voz / montagem final: joão Øbo
    Cine-poema (film-poem): António Forte
    Pesquisa | montagem | sonoplastia: António Forte
    Pós-produção áudio: Tiago Inuit

    Imagens de arquivo: vídeo (Adolph Haben, Jean Marc Pampuch, kelly,Mathias Groeneveld, Nature Feels, I Am Sorin) Pexels

    Agradecimentos: Anders Budde Christensen, Sarah Corner-Walker Hvidberg, Droid I.D.

    Poemas da obra Jugular Exposta de Rita Tormenta

    Editor: Dinis H. Machado

    ©2025 Rita Tormenta

    direitos literários reservados e controlados por The Poets and Dragons Society

 

19:15h | Mostra e performance de Maria Barnas

  • 5' | 2024

    THEN, THEN examina a forma como criamos o nosso próprio passado. Para abordar esta questão, Barnas utiliza as reorganizações da Goethe Haus em Frankfurt, alteradas por vários curadores ao longo dos anos, apresentadas ali como a situação autêntica em que Goethe escreveu os seus romances. 

    O filme brinca com a forma como a tecnologia, sob a forma de fotografias e digitalização, criou uma série de descrições e realidades que são simultaneamente concretas e virtuais. No cerne do ato de descrever está o seu caráter mutável. Dar uma descrição é fazer uma declaração ou relato, criar uma representação pictórica ou mesmo encontrar um meio de classificação. O que significa, então, descrever algo? É realmente possível descrever qualquer coisa, e o que é criado nesse meio tempo?

    Trabalhando com o conceito de originais e cópias de imagens, THEN, THEN analisa como as representações são transformadas pela tecnologia, formando um conjunto cada vez maior de realidades.

    Voz off: A voz computadorizada “Audrey”, do site naturalreaders.com, lê um poema de Goethe, traduzido para o inglês pelo BabelFish:


    THEN, THEN examines the way in which we create our own past. To address this issue Barnas uses the re-arrangements of the Goethe Haus in Frankfurt, shifted by various curators over the years, presented there as the authentic situation in which Goethe wrote his novels.

    The film plays with the way that technology, in the form of photographs and digitalization, has formed a range of descriptions and realities that are all both concrete and virtual. At the heart of the act of describing lies its mutable character. To give a description is to give a statement or account, to create a pictorial representation or even to find a means to classification. What, then, does it mean to describe something? Is it really possible to describe anything, and what is created in the meantime?

    Working with the concept of originals and the copy of images, THEN, THEN looks at how representations are transformed by technology, forming an ever-growing array of realities.

    Voice-over: Computer voice “Audrey”; of naturalreaders.com reads a poem by Goethe, translated into English by BabelFish:

  • 13'30'' | 2014

    Boas notícias: “Onde quer que estejas, onde quer que vás, oferece pão e sal aos visitantes, de acordo com o costume intemporal. Atira seis vezes, mas nunca três vezes. Toca num limpador de chaminés.” Más notícias: “Esfrega o dedo do pé de um louco. De todos os loucos. De qualquer louco.” O Cosmonauta Internacional baseia-se numa coleção de rituais que cosmonautas e viajantes realizam em todo o mundo, em preparação para as suas viagens, encantando o destino para garantir o seu regresso. Duas vozes computadorizadas (Boas Notícias e Más Notícias) representam o elenco deste filme que é inteiramente construído a partir de três fragmentos de vídeo curtos encontrados na internet. A abordagem low-tech deste filme, com as suas imagens distorcidas e pixelizadas, serve para mostrar contornos esbatidos e manchas escuras do que os humanos (não) são capazes de gerir - referindo-se às lutas das democracias em declínio e à inovação técnica em países que desistiram dos seus programas espaciais. Noutro nível, a distorção encontra-se na luta psicológica do viajante que tem de estabelecer os seus próprios limites.

    A questão de quem é o dono das imagens e do conhecimento está presente ao longo de todo o filme. Em última análise, o viajante na sua cápsula espacial representa todos aqueles que aterraram na nossa era, determinada pelo individualismo e pelo desejo de fuga. Uma crença otimista, a busca pelo conhecimento e pela descoberta é contrabalançada por uma escuridão na alma humana que permite questionamentos, hesitações e poesia.

    Um ensaio poético, uma animação filosófica, um recipiente vazio — The International Cosmonaut irá lançá-lo em áreas ainda a serem descobertas.

    NOTA: O diálogo interior que compõe The International Cosmonaut foi escrito pela poeta e artista visual Maria Barnas. Alguns fragmentos são baseados no ensaio de Peter Sloterdijk “Construção celular, egosferas, autocontenedores – A explicação da existência co-isolada através do apartamento”.

    (EN) Good News: “Wherever you are, wherever you may go, offer bread and salt to visitors, in accordance with timeless custom. Throw six twice but never thrice. Touch a chimney sweeper.” Bad News: “Rub the toe of a madman. All madmen. Any madman.” The International Cosmonaut is based on a collection of rituals cosmonauts and travellers undertake worldwide, in preparation of their journeys, charming fate to safeguard their return. Two computer voices (Good News and Bad News) represent the cast of this film that is entirely constructed out of 3 short video fragments found on the internet. The low-tech approach of this film, with its distorted and pixelated imagery, serves to show fading contours and dark patches of what humans are (not) able to manage - referring to struggles of failing democracies and technical innovation in countries that have given up their space programmes. On another level, distortion is found in the psychological struggle of the traveller who has to set his own boundaries.

    The question of who owns what images and what knowledge is threaded throughout the film. Ultimately, the traveller in his space capsule represents everyone that has landed in our age determined by individualism and the desire to escape. An upbeat belief, the quest for knowledge and discovery is counterbalanced by a darkness in the human soul that allows for questions, hesitation and poetry.

    A poetic essay, a philosophical animation, an empty vessel - The International Cosmonaut will launch you into areas yet to be discovered.

    NOTE: The interior dialogue that comprises The International Cosmonaut is written by poet and visual artist Maria Barnas. Some fragments are based on Peter Sloterdijk’s essay “Cell-building, Egospheres, Self-Containers -The Explication of Co-Isolated Existence via the Apartment”.

  • Uma vida em 7 ataques de pânico | Uma peça para 1 locutor e dois cantores


    Estás a evitar os cavalos outra vez é uma exploração em som, texto e imagem do que consiste um ataque de pânico. Maria Barnas escreveu sobre e em torno do contexto deste fenómeno perturbador. O que é um ataque de pânico? Será um colapso do (nosso entendimento do) tempo? Pode ser considerado como o enredo da vida quotidiana que deu errado? Podemos aprender algo com esses momentos de crise?

    Barnas investigou o antigo conhecimento sobre plantas medicinais, em particular Gart der Gesundheit (1491), um livro da Biblioteca Athenaeum de Deventer. Num apêndice (raramente reimpresso), ela encontrou pedras curativas que se acreditava acalmarem o medo e aliviarem o pânico. Impressionada com o facto de as pedras serem consideradas parte do mundo vegetal e com uma aparente crença sólida no poder da matéria viva sobre a mente, Barnas inspirou-se a ler sobre o mundo das mulheres medievais, no qual mente e matéria, mente e corpo ainda não estavam separados. As imagens projetadas são feitas por Maria Barnas para apresentar pedras curativas e o que elas podem representar. Elas “falam” ao público como antigos curandeiros ou terapeutas contemporâneos.

    A speaking voice represents the conscious, watchful mind, two singing voices take the role of the subconscious, brimming to the surface and sometime overtaking consciousness - not unlike the experience of a panic attack. The inner voices together form a sometimes lucid, sometimes searching personality that stumbles through daily life.

    A life in 7 panic attacks A piece for 1 speaker and two singers by Maria Barnas

    Are you avoiding the horses again is an exploration in sound, text and image of what a panic attack consists of. Maria Barnas wrote in and around the context of this unsettling phenomenon. What is a panic attack? Could it be a collapse of (our understanding of) time? Could it be considered as the plot of daily life gone wrong? Could we learn something from these moments of crisis?

    Barnas looked into the old knowledge of healing plants, in particular Gart der Gesundheit (1491), a book from the Athenaeum Library of Deventer. In a (not often reprinted) appendix, she found healing stones that were thought to calm fear and soothe panic. Struck by the fact that stones were considered as part of the plant-world, and a seemingly solid belief in the power of living matter over mind, Barnas was inspired to read about a medieval women’s world in which mind and matter, mind and body were not yet separated. The images projected are made by Maria Barnas to present healing stones and what they may represent. They “speak” to the audience as old healers, or contemporary therapists.

    A speaking voice represents the conscious, watchful mind, two singing voices take the role of the subconscious, brimming to the surface and sometime overtaking consciousness - not unlike the experience of a panic attack. The inner voices together form a sometimes lucid, sometimes searching personality that stumbles through daily life.

  • Maria Barnas (nascida em 1973, Hoorn, Países Baixos) é uma poetisa, romancista, ensaísta e artista visual holandesa. Vive e trabalha entre Amesterdão e Bergen. A sua obra explora a forma como a linguagem e as imagens tanto descrevem quanto distorcem a realidade, e como a própria descrição se torna uma forma de construção. A dúvida, o silêncio e a hesitação são recorrentes na sua escrita como espaços onde o significado falha mas também se aprofunda. Barnas estudou Artes Visuais na Gerrit Rietveld Academy em Amesterdão e foi residente na Rijksakademie, bolseira na The American Academy em Roma e no Netherlands Institute for Advanced Study (NIAS). Embora tenha feito a sua estreia como romancista com Engelen van ijs (Anjos de Gelo, 1997), Barnas é mais conhecida pela sua poesia. A sua primeira seleção, Twee zonnen (Dois Sóis, 2003), venceu o Prémio C. Buddingh’. Desde então, publicou uma série de antologias aclamadas, incluindo Binnenzee (Mar Interior, 2005), Er staat een stad op (Uma Cidade Ergue-se, 2007), Jaja de oerknal (Sim, Sim, o Big Bang, 2013), Nachtboot (Barco Noturno, 2018) e Diamant zonder r (Diamante sem r, 2022). Os seus poemas foram reconhecidos com o Prémio J.C. Bloem (2009) e o Prémio Anna Bijns (2014). Uma antologia da sua obra foi publicada em inglês como Night Boat (Shearsman, 2025), traduzida por Donald Gardner. Na sua obra recente, Barnas continua a explorar temas como a ausência, a linguagem e a memória. Em Diamant zonder r, examina a figura de uma avó polaca e a perda materna da língua mãe, onde a ausência assume uma presença tangível, quase corporal. Esta preocupação com a materialidade da língua estende-se à sua prática visual, que varia desde vídeos a poemas esculturais e objetos (que são, por exemplo, feitos ao falar em argila na série Things I should have said - Coisas que eu devia ter dito).


    Biography Maria Barnas (EN)


    Maria Barnas (b. 1973, Hoorn, the Netherlands) is a Dutch poet, novelist, essayist, and visual artist. She lives and works between Amsterdam and Bergen. Her work explores how language and images both describe and distort reality, and how description itself becomes a form of construction. Doubt, silence, and hesitation recur in her writing as spaces where meaning falters but also deepens.

    Barnas studied visual art at the Gerrit Rietveld Academy in Amsterdam and was a resident at the Rijksakademie, a fellow at The American Academy in Rome, and the Netherlands Institute for Advanced Study (NIAS).

    While she debuted as a novelist with Engelen van ijs (Angels of Ice, 1997), Barnas is best known for her poetry. Her first collection, Twee zonnen (Two Suns, 2003), won the C. Buddingh’ Prize. She has since published a series of acclaimed collections, including Binnenzee (Inland Sea, 2005), Er staat een stad op (A City Rises, 2007), Jaja de oerknal (Yes, Yes, the Big Bang, 2013), Nachtboot (Night Boat, 2018), and Diamant zonder r (Diamond Without R, 2022). Her poems have been recognized with the J.C. Bloem Prize (2009) and the Anna Bijns Prize (2014). A collection of her work was published in English as Night Boat (Shearsman, 2025) translated by Donald Gardner.

    In her recent work, Barnas continues to explore themes of absence, language, and memory. In Diamant zonder r, she examines the figure of a Polish grandmother and the loss of a maternal mother tongue, where absence takes on a tangible, almost bodily presence. This concern with the materiality of language extends to her visual practice, which ranges from video's to sculptural poems and objects (that are for example made by speaking into clay in the series Things I should have said).

 

9 de Novembro

14:30h | Filmes a concurso #3

  • 1'26''

    Sinopse:

    Neste vídeo, o autor traduz em imagens a delicadeza e a melancolia do soneto Pus o meu sonho num navio, de Cecília Meireles. O mar surge como metáfora do destino, da distância e do mistério, enquanto o navio simboliza os sonhos que partem sem retorno garantido. A obra audiovisual procura recriar o lirismo da poeta, explorando a fragilidade da esperança e a inevitabilidade da perda, mas também a beleza de confiar ao mar aquilo que não se pode prender. Entre movimento e silêncio, luz e sombra, o vídeo convida o espectador a navegar pelas mesmas águas poéticas onde a autora depositou o seu sonho, transformando a leitura do poema numa experiência sensorial e emocional.

    Biografia do autor:

    Sou Lourenço Pereira, 17 anos, natural de Setúbal. Trabalho na área do audiovisual, desde a pré-produção à pós-produção, com experiência em gravação, edição e realização de concertos e transmissões em direto. Tenho grande paixão por cinema e música, sendo baterista com foco em metal português como Moonspell. Produzo também conteúdos para o YouTube, explorando humor, covers de bateria e curtas-metragens.

    Ficha técnica:

    Interpretação: Julio Corrêa
    Produção Audiovisual: Lourenço Pereira
    Texto: Cecília Meireles- Soneto O meu sonho num navio
    Música: Whispers of Elegance (composição gerada em Udio, inteligência artificial, uso livre de direitos)

  • 14'18''

    Sinopse:

    Um ensaio em vídeo centrado numa troca de cartas, em que o próprio interlocutor já não está presente. Este filme é uma interação entre uma memória pessoal e uma reflexão sobre tempos imemoriais. Ele analisa os vestígios que deixamos para trás e como, através da memória, criamos um espaço que transcende o tempo linear e transforma a fronteira entre ficção e realidade em algo fluido e vivo.

    (EN) A video essay centered around a letter exchange, in which the dialogue partner himself is no longer there. This film is an interplay between a personal memorial and a reflection of time immemorial. It looks at the traces we leave behind, and at how, through remembering, we create a space that transcends linear time and transforms the border between fiction and reality into something fluid and alive.

    Biografia do autor:

    Lena Rubitschung é uma artista multimédia cuja prática abrange ilustração, desenho, vídeo, poesia e fotografia. Guiada por um processo de investigação, ela explora temas como nostalgia, memória, tempo e luto. O seu trabalho é inspirado pela natureza, especialmente pela água. O seu trabalho muitas vezes carrega uma sensibilidade onírica, inspirada na infância, sobrepondo detalhes íntimos com reflexões expansivas.

    (EN) Lena Rubitschung is a mixed media artist whose practice spans illustration, drawing, video, poetry, and photography. Guided by an investigative research process, she explores themes such as nostalgia, memory, time and grief. Her work is inspired by nature, especially water.
 Her work often carries a dream-like, childhood-inspired sensibility, layering intimate detail with expansive reflections.

    Ficha técnica:

    Realizador/Director: Lena Rubitschung
    Ano/Year: 2025
    Roteiro/Script: Lena Rubitschung
    Câmara/Camera: Lena Rubitschung
    Edição/Editing: Lena Rubitschung
    Som/Sound: Lena Rubitschung
    Voz/Voice: Lena Rubitschung, Fernando Klewys
    Artistas/Performers: Max Feistle, Fernando Klewys

  • 1'56''

    Sinopse:

    (De)compor é um convite para sentir a passagem do tempo, uma videopoesia que escorre entre os dedos. Um devaneio visceral que celebra a beleza da efemeridade, conectando-nos ao universo de texturas úmidas que nos compõem. É um longo adeus filmado, uma meditação sobre a realidade crua que transforma a solidão em arte.

    Biografia do autor:

    Vitor, natural de Campinas, vive há 8 anos em Portugal e cursa Audiovisual, explorando ruas lisboetas e rios minhotos, numa identidade que mistura urbano e natural, entre o mórbido e o vivo. Stefanie, do interior de Goiás, reside há 6 anos em Portugal. Jurista e atuante em ONG, publicou seu primeiro livro em 2019. Seus versos trazem um tom provocante, existencialista e reflexivo.

    Ficha técnica:

    Roteiro: Vitor Lucas
    Filmagem e Edição: Vitor Lucas
    Autora do Poema: Stefanie Santos
    Locução: Stefanie Santos

    Portugal, 2025

  • 3'44

    Sinopse:

    Sapatos revela o peso invisível das jornadas humanas em passos de poesia e imagem.

    Nos sapatos, repousam memórias que o chão reconhece. Nos pés, caminham histórias para novos caminhos.

    O poema integra Poemagem: Um projecto de Sitah Faya, iniciado a 14 de setembro de 2025 e que será revelado por inteiro até meados de dezembro do mesmo ano, contando com nove poemas revelados em vídeo. Nesta obra, cada poema é assumido como um objecto, que corresponde a um sentimento, com a intenção de desconstruir a sua objetificação, através do uso criativo e poético da palavra. Cada objecto carrega consigo uma cor, que representa o estágio emocional em que se inscreve, formando um percurso de purga poética, onde voz, sonoplastia, corpo e imagem se fundem.

    “Sapatos” materializa esse gesto: um objecto quotidiano que transporta memórias, passos e o peso simbólico da experiência humana. A sua transfiguração em poema visual, revela como o mais banal pode ser um testemunho íntimo e universal.

    Biografia do autor:

    Criada em Vila Real de Santo António, onde mar e rio se encontram, traça mapas sonoros que unem rimas ásperas a harmonias inesperadas. O seu percurso, autodidata, recusa tendências superficiais e mergulha em temas profundos. Em 2014 lança o EP Sitahções, em 2016 a mixtape Cactus e em 2021 o álbum Assim como vai, com spock. Tendo a palavra como farol e o ritmo como destino, continua a explorar novos horizontes, na esperança de que a Arte, tal como o mar, seja livre, composta e infinita.

    Ficha técnica:

    Direção: Chris Costa
    Direção de fotografia: Iuri Policarpo
    Edição: Filetes
    Direção artística: Ana Neves
    Styling: Maria Inês Saramago
    Guarda-roupa: Ana Maricato 
    Acessórios: Son of a Gun
    Design gráfico: Gali Graphics
    Produção: Max Bonança & Sara Machado
    Contributos: Melissa Van Maasdyk, Centro Náutico 818. 
    Produção executiva: Sitah Faya.

  • 12'03''

    Sinopse:

    O Filme-ensaio parte do verso de Marília Garcia para pensar coletivamente o "aqui". Através da escrita compartilhada, de imagens do Alaska Films Archives e da prática comunitária de lançamento de mantas, reflete sobre o estar com o mundo. Estar aqui é estar com: geleiras, árvores, palavras, fendas, fósseis. Estar aqui é habitar há milhares de anos.

    Biografia do autor:

    O grupo Vaga-Mundo: poéticas nômades reúne artistas de diferentes poéticas e origens geográficas vinculados ao Instituto de Artes da Universidade de Brasília. Desenvolvemos projetos coletivos que versam sobre paisagem, viagem, geopoética, lugar e modos de imaginação com investigações realizadas em diversas linguagens.

    Ficha técnica:

    Direção - Vaga-mundo: poéticas nômades
    Elenco - Narradora: Aline Cibele
    Roteiro - Vaga-mundo: poéticas nômades
    Direção de Fotografia - Imagens de arquivo: Alaska Films Archives
    Direção de Arte - Imagens de arquivo: Alaska Films Archives
    Trilha Sonora - Vaga-mundo: poéticas nômades
    Edição de Som - Marcia Regina
    Montagem - Laura Papa

  • 3'24''

    Sinopse:

    Entre cinzas e memórias, Fogo Velho ergue-se como metáfora de um fogo antigo que nunca se extingue, apenas se transforma. O filme convoca as vozes e gestos de uma senhoridade que resiste ao esquecimento, trazendo ao centro duas mulheres seniores torrienses que, com a sua presença, iluminam a espessura do tempo vivido. Através de corpos idosos, registos sonoros e imagens geradas e filmadas, compõe-se um ritual de lembrança e reinvenção, onde o envelhecimento não é apagamento, mas potência de continuidade. O fogo aqui é chama e brasa: sinal da fragilidade da vida, mas também da sua capacidade de renascer e gerar calor. Entre passado e futuro, Fogo Velho revela a memória como território vivo, onde cada ruga é escrita e cada gesto um vestígio de resistência. Ao invés de olhar a velhice como fim, a curta transforma-a em espaço fértil de criação e de transmissão, reafirmando que a memória coletiva, tal como o fogo, pode arder em permanência, reinventando-se no encontro entre gerações.

    Biografia do autor:

    Djam Neguin é uma das figuras mais revolucionárias da cena artística lusófona. Atua entre dança, teatro, música, performance, moda e artes visuais, com incursões no cinema, videoarte e fotoperformance. Diretor criativo em diversos projetos, é também produtor, curador, formador e artivista. Reconhecido pela sua transdisciplinaridade camaleónica, tem levado o seu trabalho a palcos e contextos internacionais, afirmando uma voz singular e inovadora.

    Ficha técnica:

    Realização e Filmagem: Djam Neguin
    Edição: MM Studio
    Participação: Ana Manuela Braga e Tereza Sarzedas
    Apoio à Criação: Estufa Plataforma Cultural & Festival Novas Invasões
    Textos gerados por AI*

  • 4'37''

    Sinopse:

    The Remnant, um filme poético baseado num poema escrito após o devastador terramoto que atingiu a Turquia em 2023, ceifando a vida de aproximadamente 60 000 pessoas, presta homenagem à resiliência e à luta pela sobrevivência. Combinando a antiga herança do rei Antíoco I da Comagena (69-34 a.C.), encontrada no Monte Nemrut, com as tradições curativas profundamente enraizadas da Anatólia, o filme oferece uma meditação sobre a continuidade em meio à perda.

    (EN) The Remnant, a poetry film based on a poem written in the wake of the devastating earthquake that struck Türkiye in 2023, claiming the lives of approximately 60,000 people, pays tribute to resilience and the struggle for survival. Blending the ancient will of King Antiochus I of Commagene (69-34 BC), found on Mount Nemrut, with Anatolia's deep-rooted healing traditions, the film offers a meditation on continuity amidst loss.

    Biografia do autor:

    Cagla Meknuze é uma poeta e artista que trabalha em várias disciplinas. Formada pela Faculdade de Comunicação da Universidade Galatasaray (Istambul, Turquia, 2007), recebeu prémios pela sua poesia, que apareceu em publicações internacionais como o World Poetry Almanac (2017-2018). A sua poesia foi traduzida para mais de dez idiomas. Apresentou o seu trabalho em vários festivais literários e artísticos internacionais, combinando poesia, cinema, arte ao vivo e instalações.

    (EN) Cagla Meknuze is a poet and artist working across disciplines. A graduate of Galatasaray University's Faculty of Communication (Istanbul, Türkiye, 2007), she has received awards for her poetry, which has appeared in international publications such as the World Poetry Almanac (2017–2018). Her poetry has been translated into more than ten languages. She has presented her work at numerous international literary and art festivals, combining poetry, cinema, live art, and installations.

    Ficha técnica:

    Poem & Performance: Cagla Meknuze
    Music & Performance: Mert Kamiller
    Video Director: Arda Gül
    Executive Producers: Cagla Meknuze, Mert Kamiller, Arda Gül

    Türkiye, 2024

  • 2'18''

    Sinopse:

    Como seríamos nós, humanos, se nunca nos tivéssemos visto a um espelho? Se nunca tivéssemos visto a nossa imagem de frente a olhar-nos de volta? Seriamos mais seguros de nós? Mais livres de fantasmas? A partir desta questão existencialista central exploram-se possíveis caminhos que nascem da interseção da arte da palavra, da voz e do vídeo. O desejo é que, através de uma experiência de poesia imersiva, cada espectador-participante reflita sobre questões pessoais que pretendem ir muito além do conceito de vaidade que normalmente está associado a este objeto. As possibilidades de imaginar um mundo sem espelhos são infinitas. Nesta trilogia, abre-se a porta às temáticas da Identidade, do Medo e da Liberdade.

    Biografia do autor:

    Ricardo Fonseca formou-se em psicologia e trabalha em publicidade há mais de 15 anos onde tem criado várias narrativas para marcas e causas sociais. Fez vários cursos de escrita, escreve letras para artistas portugueses e artigos para a revista Visão. Foi nomeado para melhor copywriter português (CCP, 2019) e, na poesia, foi um dos 12 artistas convidados para o Festival Absinto, participou no III Festival de Poesia de Oeiras (2025) e foi o 1.º finalista do Festival de Poesia de Lisboa (2024).

    Ficha técnica:

    Idea original e Poemas: Ricardo Fonseca
    Voz: Luísa Fidalgo
    Audiovisuais: Collective Unconscious

  • 1'57''

    Sinopse:

    Em 2024, a Oxford University Press elegeu, de forma inquietante, "brain rot" como a Palavra do Ano. Esta curta é uma exploração visual e crítica do impacto da hiperconectividade na mente contemporânea: até onde vai o consumo, e onde começa o colapso cognitivo?

    Biografia do autor:

    Filipe Amorim é ator. Começou no teatro e estreou-se no cinema com a curta-metragem RUA, onde venceu um prémio de Melhor Ator. Liderou o elenco de Chuva de Verão, selecionado no Tribeca Film Festival, e participou em filmes como Portugueses. Integrou produções como A Espia, O Arquiteto e Braga. No teatro, destacou-se em As Troianas, Aulularia, As Guerras do Alecrim e a ópera Jénufa. Deu voz à versão portuguesa de Como Treinares o Teu Dragão, Bad Guys 2 e o podcast de ficção Urknia.

    Ficha técnica:

    Realização: Filipe Amorim
    Argumento: Filipe Amorim e Isaac Barbosa
    DOP/Editor: Guilherme Amaral

  • 3'23''

    Sinopse:

    Instalação/Intervenção artística de Mo Maria Sarkis.

    (EN) Art Installation/Intervention by Mo Maria Sarkis.

    Biografia do autor:

    Mo Maria Sarkis é um artista multidisciplinar libanês cuja prática orientada para a investigação, apresentada internacionalmente, investiga a linguagem, a mediação tecnológica e as relações poéticas entre os sistemas humanos e naturais. 

    (EN) Mo Maria Sarkis is a Lebanese multidisciplinary artist whose research-driven practice, showcased internationally, investigates language, technological mediation, and poetic relationships between human and natural systems. 

    Ficha técnica:

    Instalação/Intervenção artística: Mo Maria Sarkis.
    Vídeo/Edição: Christine Safi. COPYRIGHT © ‘Complex, Fluxes(2)’ Instalação/Intervenção artística.
    Agradecimentos especiais: Beirut Souks Food Court ‘The court’.
    Ano: 2015

    (EN)

    Art Installation/Intervention: Mo Maria Sarkis.
    Video/Editing: Christine Safi. COPYRIGHT © ‘Complex, Fluxes(2)’ Art Installation/Intervention.
    Special thanks: Beirut Souks Food Court ‘The court’.
    Year: 2015

  • 2'50''

    Sinopse:

    Blindfolded on the Highway (Vendada Na Autoestrada) Uma mulher conduz a alta velocidade, dança, escreve, lê, dorme, apresenta um espetáculo e, ao pequeno-almoço, assiste às notícias sobre enxurradas catastróficas. É uma semana caótica, narrada na primeira pessoa. Montagem a partir de arquivos de partilha livre.

    (ENG) Blindfolded on the Highway (Vendada Na Autoestrada) A woman speeds down the highway, dances, writes, reads, sleeps, performs on stage, and, over breakfast, watches news reports of catastrophic floods. It is a chaotic week, narrated in the first person. Edited from open-source footage.

    Biografia do autor:

    António Forte (Lisboa, 1967) estreia-se como realizador em Pop Off (1992). Editou ou realizou séries e documentários sobre música, moda, poesia, design, street art, viagens, redes sociais, arte e desporto, exibidos nos principais canais portugueses. Destaque para O Trabalho, Musicbox Clubdocs, A Rede e Boom Festival, desenvolvidos no colectivo Droid i.d. . Em 2024/5 realizou cine-poemas para Rita Tormenta.

    Ficha técnica:

    Poema e Voz: Rita Tormenta
    Cine-poema: António Forte
    Pesquisa | montagem | sonoplastia: António Forte
    Misturas: Tiago Inuit
    Agradecimentos: Tiago Rebelo e Droid i.d.
    Título do poema: Jugular Exposta por Rita Tormenta
    Editor: Dinis H. Machado ©2025 Rita Tormenta

    Direitos literários reservados e controlados por The Poets and Dragons Society

 

15:45h | Mostra de Duplacena, com curadoria de António Câmara Manuel e Irit Batsry

  • 15'

    Loosely based on Dante’s Divine Comedy, The Divine Way takes us along on the protagonist’s epic descent through an endless labyrinth of staircases.  As the woman journeys deeper, the staircases mutate and she is trapped and pulled into their dangerous landscape, conducting us through more than fifty magnificent locations.

    Livremente baseado na Divina Comédia de Dante, The Divine Way leva-nos à épica descida da protagonista por um labirinto infinito de escadas. Conforme a mulher viaja mais ao fundo, as escadas mudam e ela é presa e puxada para suas perigosas paisagens, conduzindo-nos por mais de cinquenta magníficas locações.

  • 8'

    "One day, one hundred and fifty years ago, thousands of antelopes threw themselves into the sea together." (Marguerite Duras)

    “In Marguerite Duras' chilling story, thousands of antelopes from all over the continent gallop towards an inevitable fate. A meeting between humans and nature in mesmerizing drone footage from YouTube slowly raises poignant questions: who is surveilling whom, where are we headed, and what fate awaits us in a world such as this?” IMDB

    «Um dia, há cento e cinquenta anos, milhares de antílopes atiraram-se juntos ao mar.» (Marguerite Duras)

    «Na história arrepiante de Marguerite Duras, milhares de antílopes de todo o continente galopam em direção a um destino inevitável. Um encontro entre humanos e natureza em imagens hipnotizantes captadas por drones do YouTube levanta lentamente questões pungentes: quem está a vigiar quem, para onde estamos a ir e que destino nos espera num mundo como este?» IMDB

  • 24'

    “A terra é azul como uma laranja

    Jamais um erro as palavras não mentem

    Elas não lhe dão mais para cantar

    Na volta dos beijos para se entender

    Os loucos e os amores

    Ela sua boca de aliança

    Todos os segredos todos os sorrisos

    E que roupagens de indulgência

    Para acreditá-la inteiramente nua

    As vespas florescem verde

    A aurora se enrola no pescoço

    Um colar de janelas

    Asas cobrem as folhas

    Você tem todas as alegrias solares

    Todo o sol sobre a terra

    Sobre os caminhos da sua beleza”

    Paul Eluard



    The earth is blue like an orange

    Never a mistake, words do not lie

    They no longer give you anything to sing about

    In the round of kisses to understand each other

    The madmen and the lovers

    She her mouth of alliance

    All the secrets, all the smiles

    And what garments of indulgence

    To believe her entirely naked

    The wasps bloom green

    The dawn curls around the neck

    A necklace of windows

    Wings cover the leaves

    You have all the solar joys

    All the sun on the earth

    On the paths of your beauty”

    Paul Eluard


  • DuplaCena

    A DuplaCena é uma estrutura de produção e realização de projectos culturais e artísticos, cuja actividade é marcada pela inovação e transdisciplinaridade, materializada em trabalhos de carácter experimental que privilegiam a junção das artes de palco e da imagem.

    Através de produções próprias, ou através de co-produções ou parcerias, e apostando essencialmente em nomes emergentes, ou que mesmo consolidados propõem projectos de risco que noutros contextos não encontram espaço, a DuplaCena tem por objectivo impulsionar novas sensibilidades.

    Desde 2003, a sua actividade concretiza-se na forma de espectáculos, filmes, mostras, instalações ou residências artísticas, destacando-se o festival Temps d’Images e o FUSO – Anual de Vídeoarte Internacional de Lisboa. A DuplaCena é uma estrutura financiada pela Direcção-Geral das Artes / Ministério da Cultura.

    DuplaCena is a structure for the production and realisation of cultural and artistic projects, whose activity is marked by innovation and transdisciplinarity, materialised in experimental works that privilege the combination of the performing arts and image.

    Through its own productions, or through co-productions or partnerships, and focusing mainly on emerging names, or even established ones who propose risky projects that would not find space in other contexts, DuplaCena aims to promote new sensibilities.

    Since 2003, its activity has taken the form of shows, films, exhibitions, installations and artistic residencies, notably the Temps d'Images festival and FUSO – Lisbon International Video Art Annual. DuplaCena is a structure funded by the Directorate-General for the Arts / Ministry of Culture.

    Irit Batsry

    Irit Batsry é um artista de renome internacional cujo trabalho investiga a criação, percepção e a história das imagens em movimento relacionada à memória pessoal e colectiva. Ela recebeu o prestigiado Whitney Bienal Bucksbaum Award (2002) dado a “um artista cujo trabalho demonstra uma combinação singular de talento e imaginação - uma pessoa que promete dar uma contribuição significativa às artes visuais”. Ela recebeu a Bolsa da Fundação Guggenheim em 1992 e o Grand Prix Video de Création do Société Civile des Auteurs Multimedia, Paris (1996 e 2001).

    Suas obras foram adquiridas por museus et mostradas extensivamente em 35 países. Os shows seleccionados incluem a Galeria Nacional em Washington, o National Film Theatre e a ICA (Londres), CCB em Lisboa, Museu Reina Sofia (Madrid), Museu d'Arte Moderna (Rio), Museu Ludwig (Koln), The Whitney e o MoMA em Nova York. Em 2006, o Jeu de Paume em Paris organizou uma retrospectiva de suas vídeo (1981-2006). Irit Batsry estabeleceu o seu atelier em Lisboa há mas que 10 ano e nos últimos 20 anos faz uma parte activa da vida cultural de Lisboa. Como curadora, co-fundou os Festivais Temps d'Images Portugal em 2002, Loops.Lisboa em 2015, Loops.Expanded em 2019 e VEM: Vídeo Arte Em Movimento em 2021.


    Irit Batsry is an internationally renowned artist whose work investigates the creation, perception and history of moving images related to personal and collective memory. She received the prestigious Whitney Biennial Bucksbaum Award (2002) given to ‘an artist whose work demonstrates a unique combination of talent and imagination - a person who promises to make a significant contribution to the visual arts’. She received the Guggenheim Foundation Fellowship in 1992 and the Grand Prix Video de Création from the Société Civile des Auteurs Multimedia, Paris (1996 and 2001).

    Her works have been acquired by museums and shown extensively in 35 countries. Selected shows include the National Gallery in Washington, the National Film Theatre and the ICA (London), CCB in Lisbon, Reina Sofia Museum (Madrid), Museu d'Arte Moderna (Rio), Ludwig Museum (Cologne), The Whitney and MoMA in New York. In 2006, the Jeu de Paume in Paris organised a retrospective of her video works (1981-2006). Irit Batsry established her studio in Lisbon more than 10 years ago and has been an active part of Lisbon's cultural life for the past 20 years. As a curator, she co-founded the Temps d'Images Portugal Festival in 2002, Loops.Lisboa in 2015, Loops.Expanded in 2019 and VEM: Video Art in Motion in 2021.

    António Câmara Manuel

    Nasceu em Moçambique em 1965 e licenciou-se em Realização de Cinema pela Escola Superior de Teatro e Cinema de Lisboa, onde também obteve as pós-graduações de Narrativas Cinematográficas e Pós-Produção de Cinema. Tem trabalhado como produtor de cinema, teatro, televisão e dança. Foi co-fundador da Eira, produtora portuguesa de dança contemporânea, em 1993, e Coordenador de Produção do Porto 2001 – Capital Europeia da Cultura. Desde 2003, assume a direção artística do Festival Temps d’Images Portugal e, em 2004, criou a produtora DuplaCena. 

    Enquanto produtor e diretor artístico, destacam-se os seguintes projectos: produtor do filme Silêncio (2007) de F. J. Ossang, prémio Jean Vigo 2007 e presença na Quinzena dos Realizadores no Festival de Cannes 2007; produção executiva do espetáculo OLA KALA (2007) da companhia Les Arts Sauts; produção e programação do primeiro e segundo Aniversário Museu Coleção Berardo (2008 e 2009); ópera de câmara “Jerusalém” (2009), com música de Vasco Mendonça, libreto de Gonçalo M. Tavares e encenação de Luís Miguel Cintra; direção de produção do FUSO – Anual de Video Arte Internacional de Lisboa desde 2009 até ao presente; programação das comemorações do 35o Aniversário do 25 de Abril da Câmara Municipal de Lisboa (2009); comissário, programador e produtor executivo da exposição Amália, Um Coração Independente (outubro 2009 – Fevereiro 2010); produtor do filme A Tempestade (2010) de Teresa Garcia; produtor da residência artística MNAA – Olhares Contemporâneos da Fundação EDP (2011). Recentemente produziu os filmes Silêncios do Olhar (2016) de José Nascimento, Feitos e Ditos de Nasreddin II (2016) de Pierre Marie Goulet, A Portuguesa (2017) de Rita Azevedo Gomes, Brisa Solar de José Nascimento e As Noites ainda cheiram a Pólvora de Inadelsso Cossa.


    Born in Mozambique in 1965, he graduated in Film Production from the Lisbon Theatre and Film School, where he also obtained postgraduate degrees in Cinematic Narratives and Film Post-Production. He has worked as a producer in film, theatre, television and dance. He co-founded Eira, a Portuguese contemporary dance production company, in 1993, and was Production Coordinator for Porto 2001 – European Capital of Culture. Since 2003, he has been the artistic director of the Temps d’Images Portugal Festival and, in 2004, he created the production company DuplaCena.

    As a producer and artistic director, the following projects stand out: producer of the film Silence (2007) by F. J. Ossang, winner of the 2007 Jean Vigo Award and featured in the Directors' Fortnight at the 2007 Cannes Film Festival; executive producer of the show OLA KALA (2007) by the company Les Arts Sauts; production and programming of the first and second anniversaries of the Berardo Collection Museum (2008 and 2009); chamber opera ‘Jerusalém’ (2009), with music by Vasco Mendonça, libretto by Gonçalo M. Tavares and staging by Luís Miguel Cintra; production direction of FUSO – Lisbon International Video Art Festival from 2009 to the present; programming of the Lisbon City Council's 35th anniversary celebrations of the 25th of April (2009); curator, programmer and executive producer of the exhibition Amália, Um Coração Independente (October 2009 – February 2010); producer of the film A Tempestade (2010) by Teresa Garcia; producer of the artistic residency MNAA – Olhares Contemporâneos da Fundação EDP (2011). He recently produced the films Silêncios do Olhar (2016) by José Nascimento, Feitos e Ditos de Nasreddin II (2016) by Pierre Marie Goulet, A Portuguesa (2017) by Rita Azevedo Gomes, Brisa Solar by José Nascimento and As Noites ainda cheiram a Pólvora by Inadelsso Cossa.

 

16:30h | Conversa com António Câmara Manuel, Edgar Pêra, Irit Batsry, Maria Barnas e moderação de Nuno Miguel Guedes

  • António Câmara Manuel, Edgar Pêra, Irit Batsry e Maria Barnas reúnem-se para uma conversa acerca das suas experiências e processos criativos no cruzamento entre poesia e audiovisual. Com moderação pelo jornalista Nuno Miguel Guedes, este espaço de partilha pretende mostrar a forma como a poesia se inscreve no ecrã, explorando o potencial e os desafios da videopoesia na contemporaneidade.

 

18:30h | Cine-concerto com Tó Trips e Edgar Pêra

Celebrando 25 anos de colaborações, Tó Trips e Edgar Pêra, juntam-se para criar um cine-koncerto retro-futurospektivo. 

Tó Trips

Tó Trips é um guitarrista e compositor português, amplamente reconhecido como uma das figuras mais influentes da música alternativa nacional desde os anos 80, tendo fundado bandas como os Lulu Blind. Ganhou notoriedade internacional como uma das metades do icónico duo instrumental Dead Combo, e continua a explorar a sua linguagem única através da sua carreira a solo, com álbuns como Guitarra 66 e Popular Jaguar.

Tó Trips is a Portuguese guitarist and composer, widely recognised as one of the most influential figures in Portuguese alternative music since the 1980s, having founded bands such as Lulu Blind. He gained international notoriety as one half of the iconic instrumental duo Dead Combo, and continues to explore his unique language through his solo career, with albums such as Guitarra 66 and Popular Jaguar.

Edgar Pêra

Edgar Pêra é um cineasta português com uma obra controversa e vasta (mais de uma centena de trabalhos para cinema, TV e net), aclamado por alguns como “cine-poeta-provocador” e conhecido por filmes como A Janela (Maryalva Mix). A sua filmografia, que inclui documentários (Movimentos Perpétuos) e ficção (O Barão), tem sido alvo de retrospetivas internacionais e foi galardoado em 2006 com o prestigiado Prémio Pasolini pela Carreira.

Edgar Pêra is a Portuguese filmmaker with a controversial and extensive body of work (over a hundred projects for cinema, TV, and the internet), acclaimed by some as a “cine-poet-provocateur” and known for films such as A Janela (Maryalva Mix). His filmography, which includes documentaries (Movimentos Perpétuos) and fiction (O Barão), has been the subject of international retrospectives, and in 2006 he was awarded the prestigious Pasolini Career Award.

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